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domingo, 28 de outubro de 2007

Game On jogos eletrônicos na escola e na vida da geração @

- Filho, o que você vai querer ser quando crescer?
- Eu quero... ser profissional em video games!
- Não filho, estou falando sério...
Há poucos anos, a noção de video game estava atrelada, apenas, ao aspecto e conteúdo lúdico. Entretanto, em uma era em que a interatividade está rompendo barreiras quase diariamente, os jogos eletrônicos estão se tornando uma nova linguagem narrativa, uma nova forma de contar histórias, uma nova forma de se relacionar... Surge, assim, um novo conceito: o mundo sério dos jogos eletrônicos. Nesse contexto, o presente livro traz uma inédita perspectiva de como a sociedade está sendo influenciada, como os educadores do século XXI poderão usar ferramentas de “super imersão”, como as futuras sociedades irão se relacionar entre si, como o pensamento será influenciado... Toda terra desconhecida precisa de seus desbravadores e de suas caravelas. Este livro é uma nau pela qual a autora leva o leitor a explorar e navegar mares pouco percorridos e ainda pouco documentados. Se nosso mundo físico já está bem mapeado, resta ainda uma imensidão virtual infinita a se descrever. Esperamos que o leitor possa não apenas assistir a esse desbravamento, mas também participar dele ativamente.

Jogos eletrônicos: saberes construindo saberes



Estudos sobre usar jogos eletrônicos como interface principal de aprendizado continua muito controvertida e, ao mesmo tempo, muito desconhecida.
No entanto, recentes estudos e projetos apontam os jogos eletrônicos na aprendizagem como tendo grande potencial para atingir a geração atual de "nativos digitais", ou Geração @ (FEIXA, 2005), ou seja, todos aqueles já acostumados com vídeogames, e-mail, chat, telefones celulares, palm, tablets móveis e outras tecnologias interativas.

III Seminário Jogos Eletrônicos Educação e Comunicação


A realização do III Seminário Jogos eletrônicos, Educação e Comunicação - construindo novas trilhas foi sediado pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB.
Deu continuidade e fortaleceu as discussões iniciadas em 2005 e que tiveram continuidade em 2006 na cidade de Salvador sediado pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB.
Para consagrar tão importante momento foi lançado o livro com os textos dos pesquisadores da Rede Brasileira de Jogos e Educação que estiveram presentes no evento seja em conferência seja nas mesas redondas redondas.

sábado, 20 de outubro de 2007

Escrito por Roger Tavares
24-Sep-2007


Comparado à sua tímida primeira versão que ocorreu em setembro de 2005 na Universidade Estadual da Bahia – que contou com três pequenos grupos de trabalho, discutindo um total de dez artigos – é difícil alguém acreditar que apenas dois anos depois o evento já é itinerante e na Universidade Estadual da Paraíba sete grupos de trabalho tiveram a oportunidade de debater 33 artigos selecionados.
Mas não foi somente em número de trabalhos que o evento cresceu. A primorosa organização deste ano de 2007 ficou a cargo da professora Filomena Moita, autora da tese sobre video games no currículo escolar, e de sua super equipe de alunos. Campina Grande, a cidade do forró, teve de abrigar, com toda sua simpatia, uma audiência que neste ano chegou em 200 inscritos, entre estudantes e profissionais de todo o Brasil, o que não foi nada difícil para uma cidade que atrai 4 milhões de turistas em seus famosos folguedos juninos. A fila de universidades que querem abrigar o evento também cresceu, e nos próximos anos o evento se desloca para Sergipe, Fortaleza e Recife.
Outras ações começam também a mostrar seus frutos. No ano de 2005 foi também lançada a idéia da RBJEE - Rede Brasileira de Jogos Eletrônicos e Educação. Iniciamos com apenas dez pesquisadores e hoje já somos em torno de 200. Agora essa rede começa a se estruturar juridicamente e já está partindo para um site próprio, com mais recursos do que nossa atual lista.
Em meio a algumas palestras divertidas, outras bastante difíceis, algumas intrigantes, cafés e almoços sensacionais, representantes da comunidade de programadores como o Jalf da comunidade de XNA Sharpgames, autores da Comunidade Gamecultura como Edson Reuter (SP) e Sandra Rodrigues (PE), o poeta de cordel Manuel Monteiro (PA), a autora Lynn Alves (BA), entre muitos outros, teciam a rede de conhecimentos que cerca as potencialidades educacionais ainda adormecidas dessa mídia.
Além de palestras, grupos de trabalho e mesas de debate, o evento trouxe uma programação cultural diversificada e muito prazerosa. Os desenvolvedores de games apresentaram seus projetos, com destaque para a Luciana, representando a iniciativa em educação para o trânsito que vem sendo desenvolvida pela Empresa Pública de Transportes e Circulação de Porto Alegre, e para os meninos da UNEB, que vêm desenvolvendo Tríade, um RPG sobre a revolução francesa, projeto contemplado com investimentos do edital Finep para jogos educativos de 2006.
Houve também o lançamento de nosso pequeno notável, o livro Jogos Eletrônicos, Construindo Novas Trilhas, que reúne 11 capítulos de autores das três primeiras edições deste evento, com textos atualizados em diversas áreas do conhecimento gamer: tecnologia, mídia, sociedade, cultura, e é claro, educação.
Mas na minha modesta opinião, o ponto alto de todo o evento – e olha que em um evento como esses é muito difícil de se escolher um ponto alto – ficou a cargo do poeta local Manuel Monteiro, que muito gentilmente atendeu a um pedido da professora Filomena Moita, e então escreveu e nos apresentou o Cordel do Video Game. É incrível ver como essa mídia é poderosa. A sua relação com a nostalgia que todos temos de nossa infância fez o poeta se lembrar de seus gibis e seus soldadinhos de chumbo que custavam todas as moedas de nosso hoje idoso herói, e percebeu em sua saudade, numa linguagem dele, que os mais velhos não entendiam. E com o sentimento que apenas a poesia é capaz de trazer, fez o imediato paralelo com seus netos, que têm hoje no video game a linguagem deles, que ele como pessoa também não é capaz de entender objetivamente, mas que como poeta, se desafia a construir a compreensão através do sentimento.
Obviamente eu não poderia deixar de compartilhar esse momento tão peculiar com todos vocês, apaixonados pela beleza e pelo conhecimento, e trouxe na bagagem de volta, além das maravilhosas cachaças paraibanas, o encerramento de nosso pequeno report com o momento de sublimação do evento.
Até o ano que vêm e fiquem com o Cordel do Video Game.